Os grupos com mulheres nasceram dos processos pessoal de necessitar resgatar algo muito sutil, que se manifestava como um sopro, um alento, um chamado que eu ouvia e não atendia. Do relâmpago que surgia como um aviso e que eu descartava como uma má impressão, um equívoco e logo o tempo mostrava que era verdadeiro.
Há algo que urge em renascer e está sendo ouvido por muitas mulheres, revelou-se a mim e revela-se a muitas. Algo que clama em se manifestar, essência instintiva das mulheres.
O caminho individual se faz lento e solitário, porém necessário. Com outras mulheres podemos compartilhar e crescer em reflexão, como um catalisador do processo que é de cada uma. Cada história tem contornos próprios e sua riqueza exclusiva que vem colorir um grande espectro de retorno ao sagrado, à sensibilização do poder feminino.
Buscar o reencontro aos poderes do feminino é dizer não à depressão que retrata a desesperança no hoje e no amanhã; é dizer não à caricatura da mulher escultural que se restringe à estética que tem duração de duas décadas e ao esforço eterno contra as marcas do tempo; é dizer não à anorexia que de não se nutrir, come até os ossos da alma; é dizer não à compulsão do consumo desenfreado ou da bulimia que loucamente buscam preencher concretamente um vazio emocional e existencial; é dizer não ao medo desenfreado de ter medo, retratado no pânico; é dizer não ao temor de ser insuficiente para um homem ou para os seus filhos e filhas.
Mas é dizer sim à emoção de conectar com a dádiva de ser mulher; é dizer sim à fé que percebe os ciclos da vida, os altos e baixos, os começos, os fins e os novos começos; é dizer sim à força vital de gerar a vida, seja no ventre ou no fazer diário; é dizer sim a amorosidade consigo que distingue prêmio compensatório, de gratificações reais, fruto de conexão profunda com nossas necessidades essenciais; é dizer sim à capacidade de confiar na vida e se entregar aos seus fluxos; é dizer sim ao reconhecimento de que o aconchego, a receptividade, a amorosidade de uma mulher, formam um ninho irresistivelmente acolhedor a si mesma e para compartilhar com todos que de nós se aproximam.
Portanto, os grupos de mulheres que proponho vem facilitar re-encontrar a essência feminina e permitir o resgate dos poderes sagrados que trazem integridade à identidade da mulher.
Cuidar de si é cuidar do bem maior: a ALMA que nos nutre de vigor existencial.
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